Headphone Actor II
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Em toda a minha vida
até agora, alguma vez o cenário se comportou de forma tão violenta?
A cada passo que eu dava, as luzes do
trânsito pareciam pular e os prédios sacudiam instavelmente.
A cada respiração minha, meu corpo era
acertado pelo vento.
A interseção estava repleta de pessoas.
Mais além, sem nenhuma preocupação com
as regras ou com a importância das luzes e sinais do tráfico, milhares de
carros foram largados, causando caos nas ruas.
Uma pessoa berrando algo.
Uma pessoa batendo em alguém.
Todos tinham o mesmo rosto pálido,
lamentando o fim do mundo.
Por um segundo, eu ouvi um bebê chorando
e senti vontade de parar de correr.
“Você não pode. Estará acabado em doze
minutos, então você não pode voltar atrás agora... Vamos, continue à esquerda
no próximo sinal de trânsito.”
A voz vinda dos fones, em contraste com
o mundo do lado de fora, era quieta, e continuou a simplesmente me mostrar o
caminho de um modo franco e direto.
Fazendo o que me era dito, eu fazia meu
caminho por entre ondas e ondas de pessoas.
Até agora, quantas vezes eu já corri com todas as minhas forças?
Desde pequena, eu sempre fui super protegida e nunca me foi permitido correr do
lado de fora.
Isso porque eu tinha uma doença aonde eu
perderia a consciência sem nenhum motivo aparente a qualquer hora.
Essa doença não era algo que acontecesse
toda hora.
Era simples, eu não me lembraria do que
aconteceu quando eu desmaiei.
A única coisa da qual eu me lembraria
seria o que acontecesse depois que eu abrisse meus olhos.
Era quase como o momento depois de se
ter um longo sonho, no qual as lembranças anteriores seriam nada mais do que um
mero borrão.
Passando por multidões e ruas fechadas,
eu corri para a grande rua.
“Vire à direita aqui! Só falta um
minuto...!”
A voz vinda dos fones gradualmente
começava a ficar impaciente.
Sem me preocupar com a dor em minhas
pernas, no longo momento em que eu virei à direita, eu ouvi algo como o barulho
de uma massa de ferro caindo vigorosamente caindo no chão.
Seguindo os gritos, eu não pude resistir
ao impulso de me virar.
“...Apresse-se! Tem alguém que você tem
que encontrar, não tem? É por isso que...”
Aumentando a velocidade da minha
respiração, e com a sensação de que meus pulmões estavam queimando, a minha
visão começou a escurecer.
Eu me perguntei se eu iria desmaiar de
novo.
Agora que eu pensei sobre isso, qual foi
a última vez que eu havia perdido os sentidos?
...Eu não conseguia me lembrar de nada.
Eu não conseguia me lembrar de as coisas
haviam chegado a esse ponto nem quem era a pessoa que eu iria encontrar...
Fora isso, eu tinha a sensação de que
havia algo realmente importante à frente.
E, com esse sentimento, eu simplesmente
segui em frente, colocando um pé na frente do outro.
Olhando naquela direção, a colina que eu
tanto buscava já podia ser vista diante de meus olhos.
Postado por Unknown às 05:47 //
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